Depois de Dilma e de Cunha, Lula pode ser a bola da vez

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto Orlando Brito

Pode parecer estranho para ouvidos desavisados, mas o PT gostou do discurso de saída de Eduardo Cunha. Aliados de Dilma Rousseff acham que o ex-deputado, ao chamar para si a iniciativa do impeachment, afirmando que sem sua atuação ele não teria acontecido, reforçou a narrativa do golpe e do afastamento da ex-presidente como um ato de vingança de Cunha. Por outro lado, acendeu-se de vez o alerta no PT em relação ao ex-presidente Lula.

Depois do impeachment de Dilma e da cassação de Cunha, a análise de muita gente é de que o roteiro traçado pelas forças que querem  negociar uma espécie de anistia para os políticos no final da Lava Jato prevê que Lula seja a próxima bola da vez.

Os petistas não acham que essa investida será a prisão de Lula. Mas ninguém ficará surpreso se ele for denunciado nos próximos dias pela força tarefa de Curitiba e depois rapidamente julgado e condenado pelo juiz Sérgio Moro. Com isso, há grandes chances de se tornar inelegível para 2018.

Caindo a terceira cabeça, o establishment político negociará, com projetos da reforma política e do pacote anticorrupção sobre o caixa 2, por exemplo, a sobrevivência das demais.

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