A pesquisa nossa de cada dia que o Datafolha nos dará nesta sexta-feira pode já sinalizar ou não, mas apenas depois do fim de semana ficará claro se Jair Bolsonaro de fato começou a cair ou se continua apenas “oscilando”. É grande a expectativa nas campanhas de Fernando Haddad, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin de queda de Bolsonaro nos próximos dias, provocada sobretudo pelo movimento de reação das mulheres #Elenão, que vem crescendo, ocupando as redes e fará manifestações por todo o país neste sábado.
Com a ajuda do general Mourão, que alegrou as campanhas adversárias nesta quinta com seu exótico comentário comparando o 13 salário à jabuticaba, é bem possível que Bolsonaro perca pontos.
A dez dias das eleições, porém, a questão que se coloca é se isso pode mudar alguma coisa na foto que mostra os candidatos do PSL e do PT no segundo turno, beneficiando Ciro ou Alckmin. A hipótese é muito remota, e só seria viável se Bolsonaro começasse a despencar a uma velocidade de mais de um ponto por dia, o que é quase impossível.
Como a esperança é a última que morre, Ciro e Alckmin seguem trabalhando, apesar dos problemas de saúde do pedetista e das traições dos aliados do tucano. Em outras campanhas, espera-se mesmo certo crescimemto de Alckmin, ainda que insuficiente para leva-lo ao segundo turno. Vai ficando claro que sua propaganda para descontruir Bolsonaro na TV está temdo algum efeito -ainda que ele acabe não sendo seu beneficiário.
E quem vai se beneficiar com a queda de Bolsonaro? Por enquanto, parece ser Fernando Haddad. O petista também tem sido alvo de duros ataques da campanha do PSDB, mas essa briga não chega a ser novidade para o eleitor, que vê esse filme há uns 25 anos. Mas se Bolsonao começa a cair, Haddad passa a ter chances de chegar ao segundo turno, onde parece ter conseguido uma vaga, à frente do adversário.
Diz-se sempre que o segundo turno é uma nova eleição. Mas o fato é que, até hoje, os que lá chegaram na frente tornaram-se presidentes da República.