A campanha de cada um – Anchieta Jr, Jacques Wagner e Eduardo Leite

Roraima, no norte da Amazônia, é o segundo estado brasileiro com a menor número de municípios, 22. Tem 330 mil mulheres e homens aptos a votar. Isto, porém, não significa ser fácil botar uma campanha eleitoral nas ruas. É o contrário, até porque a distância entre uma cidade e outra é sempre muito grande, as rodovias são poucas e as viagens têm de ser feitas em avião. Para José de Anchieta Júnior este não é um problema que ele desconheça. Afinal, já governou Roraima em outra ocasião e, por isto mesmo, quer novamente ocupar a cadeira de governador na capital Boa Vista.

As pesquisas de intenção de voto indicam que Anchieta Júnior, do PSDB, está com vaga praticamente garantida no segundo turno. É seguido por Antonio Denarium e pela atual governadora, Sueli Campos. Se vencer, terá muitos desafios pela frente. A começar pela crise de imigração instalada em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. A eleição para o Senado em Roraima está, de certa forma, embolada. A senadora Ângela Portela do PDT, é a favorita e deverá manter sua cadeira no Parlamento. A segunda vaga ficará para Mecias de Jesus do PRB, Romero Jucá do MDB, Chico Rodrigues do DEM ou Luciano Castro do PR.

Na Bahia é dado como certo que uma das duas cadeiras em jogo para o Senado já tem dono. Seu nome é Jaques Wagner, que já foi governador do estado, deputado federal e ministro duas vezes no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Nascido no Rio de Janeiro, o engenheiro Wagner mudou-se ainda jovem para Salvador, onde foi trabalhar no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica, na década de 1970. Foi quando conheceu Lula, líder dos metalúrgicos de São Paulo e do PT.

Agora na eleição de 2018, cogitou-se que, com Lula preso em Curitiba por corrupção, Jaques Wagner seria o nome escolhido pelo PT para concorrer à presidência da República. A definição partidária acabou sendo outra. Fernando Haddad disputa o Palácio do Planalto e ele ao Senado pela Bahia. Naturalmente, ambos fazem campanha juntos nas carreatas, comícios, caminhadas e panfletagens, ao lado do governador Rui Costa.

José Ivo Sartori, do MDB, governador do Rio Grande do Sul, pode nessa eleição quebrar uma tradição: desde 1997 o estado não reelege o ocupante da principal cadeira do Palácio Piratini, em Porto Alegre. Mesmo com pequena vantagem nas pesquisas, paira no ar a dúvida sobre sua vitória. Se for confirmada a “regra”, portanto, o vencedor poderá ser outro candidato.

O tucano Eduardo Leite, de 33 anos, é um dos mais jovens candidatos a governador de estado na eleição de 2018. Ex-prefeito da cidade de Pelotas é formado em Direito e Gestão de Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vagas e pela Columbia University, dos Estados Unidos. Está em segundo lugar nas pesquisas, atrás 5 pontos de Sartori, que tem 31% da preferência dos eleitores. Eduardo, porém, não perde tempo. Espera que a tradição gaúcha de não reeleger governadores se mantenha nesse ano. E mais: fã do Brasil de Pelotas, clube do seu coração, se esmera para, como se vêr na foto, minimizar a rivalidade entre os torcedores do Inter e do Grêmio.

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