A “onda Amoedo” – ou o que o desespero não faz

Na linha de um levantamento encomendado pelo BTG Pactual há poucos dias, a rodada XP/Ipespe da semana, divulgada hoje, tem como novidade um inusitado crescimento do nanico João Amoedo (Novo), que teria crescido em todo os cenários e chegado a 4%. Estranho. A “onda Amoedo” não foi detectada pelos grandes institutos como Ibope e Datafolha na semana passado, e nem pela pesquisa do Portal Poder360 que saiu nesta quarta.

No mínimo, a cautela manda esperar novos levantamentos na semana que vem. Mas não há como não se lembrar que o candidato do Novo – um homem rico que merece o nosso respeito por sair de sua zona de conforto para aventurar-se na política – tem o apoio dos dirigentes dos maiores bancos privados do país.

Dinheiro para ele não é problema, e quem acompanha as redes sociais constatou que a campanha de Amoedo movimentou-se como nunca, certamente despejando boas quantias para impulsionar apoios e seguidores. Amoedo tem assessoria competente e bons amigos, e nada a perder por patrocinar essa última tentativa de crescer e aparecer – pelo menos para conseguir espaço na cobertura diária do Jornal Nacional e entrar nas entrevistas e sabatinas reservadas pela mídia aos candidatos bem colocados.

Tudo indica, porém, que o crescimento de Amoedo é uma onda artificial, movida por um candidato esperto e, sobretudo, pelo desespero do establishment econômico e financeiro do país, que enerva-se com as dificuldades de decolagem de Geraldo Alckmin e quer ver qualquer coisa pela frente, menos um segundo turno Bolsonaro x Haddad.

 

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