A segunda instância e o networking jurídico

Bons advogados não precisavam necessariamente entender de leis. Bastava aos causídicos ser bem relacionados e conhecer a arte da embromação. Pelo menos até a prisão em segunda instância

Na política externa, vão mal as apostas de Bolsonaro

O presidente brasileiro apostou em Macri, Netanyahu e Trump, todos com problemas em seus países. Caso deixem o poder, o Brasil vai perder tempo reconstruindo pontes

Não falta independência ao MP. Falta controle

O alarido em torno da indicação de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República é manha. Procuradores têm independência plena, assim como juízes. Se o escolhido não é alinhado à corporação e tem críticas a ela, tanto melhor. Mesmo que por linhas tortas, às vezes o presidente Bolsonaro acerta

Por que Bolsonaro tem tanto medo da Polícia Federal

E do Coaf, da Receita Federal, do Ministério Público? Afinal, foi o trabalho eficiente de delegados, auditores e procuradores que levou à prisão de Lula, arquirrival de Bolsonaro. Ou será exatamente este o receio?

O irracional debate sobre a CPMF, vilã de fama injusta

Basta uma pergunta para perceber que há impostos muitos mais perniciosos à maioria dos viventes, que não a CPMF. Se o governo conceder o direito ao cidadão de não pagar um único imposto, qual você escolheria?

A boa notícia que vem da fusão DEM & PSDB

Uma das providências para garantir a saúde de nossa teimosa democracia é a racionalização partidária. Quanto menos partidos tiverem assento no Parlamento, melhor. Aprovada em 2017, a Emenda Shéridan representou impulso decisivo

A Lei de Abuso de Autoridade revela que juízes não confiam em juízes

Há, pelo menos, dois motivos para aprovar a Lei de Abuso de Autoridade. O cidadão, mais fraco, precisa se proteger do Estado, mais forte. Além disso, serão os juízes, não os parlamentares, que interpretarão se um servidor - incluindo os juízes - abusou de sua autoridade

A reforma da previdência não dá votos. Então, por que foi aprovada

A inevitabilidade da reforma foi resultado do debate, da pressão, dos lobbies, da vontade presidencial, da mídia, da recessão crônica, tudo a desembocar no Parlamento. A síntese destas vontades difusas e contraditórias materializou-se na Câmara dos Deputados

Bolsonaro é isso aí, um desbocado autêntico

Como deputado federal, Bolsonaro sempre foi desbocado e intempestivo. Como presidente do Brasil, não mudou seu estilo verborrágico. Diz o que lhe dá na veneta, sem embromações. Acostumemo-nos, pois não há escola de etiqueta para presidentes