ITAMAR GARCEZ

Benjamin Netanyahu e Jacob Zuma poderiam aprender com Dilma Rousseff e Michel Temer sobre como se preservar no Poder. O que fazer, e o que não fazer, para se manter na chefia da nação.

Falta criatividade? Ou a genialidade desapareceu? Grieg, Demá Chagas, Mozart e Didi são compositores que criaram referências para a música como nunca mais se ouviu. Cuja grandiosidade, nascida nos salões europeus e na Sapucaí, não se repete mais. Felizmente já inventaram a vitrola.

As eleições de 2018 terão serventia se, em vez de postulantes belicosos provenientes de partidos dilacerados, o eleitor exigir definição e comprometimento com o modelo de governo defendido pelos candidatos. O tamanho do Estado está entre os debates cruciais. Mínimo ou máximo? Gigamenso ou raquítico?

Não há pobres na Lava-Jato. A síntese, do jornalista José Casado, deveria provocar êxtase na esquerda. Afinal, apenas a elite rica e branca foi atingida pela operação que caça meliantes do erário.

A tragédia brasileira tem infinitos atos. O próximo é como livrar Lula da prisão. A solução pode passar pelo juiz Dias Toffoli, numa proposta por ele engendrada em 2016. Há, ainda, o interesse de lideranças políticas de diversas siglas, interessadas em acabar com a prisão em segunda instância e salvar meliantes do erário.

Se o juízo final está próximo, resta saber quem vai assinar o último ato da tragédia política brasileira. Quem vai conduzir o maior líder de massas do País às masmorras de Martins Cardozo?

Para pacificar a política, Lula deve ser candidato à presidente da República em 2018. E, depois, perder o pleito. Só assim a chamada esquerda poderá "se repensar", como propõe Fernando Haddad.

A pessoa mais influente nas eleições de 2018 será Lula. O debate mais importante, a reforma da previdência. Em suma, os eleitores escolherão o modelo de Estado que querem ver implantado no Brasil a partir de 2019. Poderão perseverar na pasmaceira dos últimos anos ou optar pelo desenvolvimento social e o crescimento econômico.

Nelson Marchezan Jr. & Gleisi Hoffmann são coadjuvantes no palco que está sendo montado em Porto Alegre, dia 24 de janeiro, quando o TRF-4 julgará se Lula é mesmo culpado de corrupção. Enquanto Lula for destinatário de milhões de votos, nada acontece em Pindorama sem sua participação.