ANDREI MEIRELES

O plano é que a "saída pela frente" dos tucanos seja por uma porta giratória. Por um lado entram Centrão e assemelhados. Pelo outro um giro de 360 graus pelos ministros que podem influenciar na disputa pelo comando do PSDB.

Com ataques à "quadrilha" do PMDB, Ciro quer se diferenciar de Lula, que reatou o namoro com a turma de Sarney e Renan. Só que sua tropa no Rio ajudou a salvar Picciani.

Montar ou reformar equipe de ministros é tão difícil em começo de governo como no fim de feira. Temer esboçou uma mudança grande e imediata, vai recuar porque ninguém quer largar o osso antes da hora. A conferir.

Mergulhadas no pântano, as elites políticas abrem espaço para mudanças no tabuleiro do poder. A expectativa é de que elas melhorem o comando do país. Mas também podem ser uma oportunidade para aventureiros que tornem a campanha apenas mais um reality show. A conferir.

Cardeais do PSDB descem do muro e partem para a briga. Goldman, que não tem poupado os colegas de suas bicadas, será o juiz da luta. A conferir.

Na gestão da disputa em sua base por cargos, Temer tentou esticar a corda até março. Não conseguiu. Para desagrado de seus ministros, antecipou a troca de ministros para janeiro. O Centrão e o PMDB não toparam. Querem a saída logo dos tucanos. Temer avalia uma mudança em dezembro. A conferir.

Cunha perdeu o bonde da delação premiada. A parceria de sempre com Temer, que em algum momento pareceu abalada, é a esperança que lhe resta de passar menos tempo na cadeia. Seu jogo agora é defender Temer das acusações dos delatores. O Planalto agradece.

Lula e Bolsonaro largam na frente. Alckmin, Marina e Ciro parecem firmes no páreo. Meirelles é o queridinho de quem se acostumou a confundir dinheiro com voto. Huck e Manuela se apresentam como novidade.

O sonho sonhado das elites políticas é de uma Arca de Noé que salve a todos que naufragaram na corrupção. Como isso ainda é nuvem, eles buscam qualquer aliança -- ou negócio -- para se livrarem de Sérgio Moro.