A participação do vice-presidente Hamilton Mourão na reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, foi um balde água fria nos grupos belicistas que defendiam uma intervenção militar brasileira na Venezuela nos moldes preconizados na campanha eleitoral. Para os leitores de Os Divergentes não foi surpresa a atuação do general, que, no passado, fora apresentado ao País como uma espécie de brucutu blindado a defender posições extremadas.
Mourão, e a influência militar no provável governo do então candidato Jair Bolsonaro, foi aqui apresentado com um formato oposto, mas que agora se configura como o quadro real.
Leia este trecho publicado em 13 de outubro de 2018: “A participação dos generais Hamilton Mourão e Augusto Heleno no futuro governo significa que a política externa poderá ter grande relevância na administração federal. Os dois têm em seus currículos atuações relevantes na área internacional. Heleno foi comandante no Haiti e Mourão na África. Esses são apenas dois exemplos da importância da participação de brasileiros em forças de Paz das Nações Unidas.
“Somente o Itamaraty, com seu corpo de diplomatas profissionais, tem tamanha relevância quanto as Forças Armadas na projeção política do Brasil no Exterior. Em números, desde 1956, quando o Brasil mandou seu famoso Batalhão Suez para integrar a força de paz das Nações Unidas encarregadas de separar as tropas de Israel e Egito, mais de 50 mil militares brasileiros das três armas estiveram em operações armadas no Exterior”.