A Arma de Cavalaria do Exército comemora neste dia 2 de maio os 213 anos do nascimento de seu patrono, o General Osório, que se celebrizou por traçar limite para a atuação política dos militares. “Não assinei esse papel porque no Exército que tivesse esse direito de aprovar as qualidades do seu governo o teria também para reprovar; e eu não desejo ao Exército de 1858 a sorte e o crédito de 1830 e de 1831”, disse, negando-se a assinar um manifesto de generais, lembrando das tropelias políticas dos militares nos episódios da abdicação do imperador Dom Pedro I, que, ao final, trouxe grandes prejuízos ao Exército.
Não obstante, foi político depois da aposentadoria. Na ativa, era o maior vitorioso da história das forças armadas brasileiras, destacando-se a Batalha de Tuiuti, em 24 de maio de 1866, no Paraguai, a maior batalha campal da história da América Latina. Osório e o Duque de Caxias formam grande dupla, parceiros em guerras e adversários na política: ambos senadores do Império pelo Rio Grande do Sul, Osório do Partido Liberal, Caxias do Partido Conservador.
Osório também é o autor de uma ordem do dia em que repudia frontalmente a violência contra prisioneiros. No ataque anfíbio ao Paraguai, em 1866, sua Ordem do Dia é explícita às suas tropas: “Não tenho necessidade de recordar-vos que o inimigo vencido e o paraguaio desarmado devem ser sagrados para um exército composto de homens de honra e de coração”, acrescentando: “Ainda uma vez mostraremos ao mundo que as legiões brasileiras no Prata só combatem o despotismo e fraternizam com os povos”.
Entretanto, a frase mais famosa do General Osório está na legenda de sua estátua equestre na praça da Alfândega, em Porto Alegre, também extraída dessa Ordem do Dia: “Soldados! É fácil a missão de comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever. Nosso caminho está em frente”.