Um brasiliense a caminho das Olimpíadas de Tóquio

Kawan Figueiredo, já classificado, treina firme para a final da Copa do Mundo de Gwangju (Japão) | Foto: Satiro Sodré/CBDA

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: CHICO NETO

“O Cose foi minha base de tudo, e sou bem agradecido às pessoas daquele lugar”, disse, por telefone, diretamente do Japão,o atleta olímpico Kawan Figueiredo, de 18 anos, na manhã desta segunda-feira (3), um dia após garantir a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, previstas para julho deste ano.

Cose, ao qual se referiu o jovem, é a nomenclatura antiga dada às unidades do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Em 2009, o educador social da unidade do Gama, Laércio Nicolau, levou Kawan para uma seletiva de saltos ornamentais no Centro Olímpico e Paralímpico da região.

O atleta, apaixonado por futebol – mas já acostumado a treinar saltos mortais durante aas oficinas no Cose –, inicialmente resistiu à ideia. O treinador, porém, sabia do potencial do jovem. Dez anos depois, Kawan ganhou a medalha brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru.

“A ficha ainda não caiu”, afirma o atleta, ao comentar a vaga confirmada para Tóquio. Agora, afirma, é preciso manter o ritmo para a final da Copa do Mundo de Gwangju (Japão), na qual ele ganhou destaque na surpreendente quarta colocação da classificatória da plataforma de 10 metros. A decisão ocorre nesta terça-feira (4). Focado na disputa de medalha, Kawan relaxou apenas quando ouviu a voz da mãe, dona Antônia Maria. “Ela está superfeliz com meu resultado e me parabenizou muito”, conta, emocionado.

“Durante a pandemia, as ações foram adaptadas e replanejadas para que o trabalho não parasse em momento algum”

Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Beneficiário dos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, oferecidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), Kawan Figueiredo treina no Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB). “É um auxílio fundamental para o meu dia a dia de trabalho; sem eles, não conseguiria manter a rotina de treinos”, relata.

Serviço socioassistencial

A Sedes desenvolve o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos em 17 centros de convivência, seis unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e 18 organizações da sociedade civil (OSCs) parceiras de execução indireta, totalizando cerca de 4.415 participantes inscritos.

“Trata-se de um serviço de suma importância”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Durante a pandemia, as ações foram adaptadas e replanejadas para que o trabalho não parasse em momento algum”.

O público frequentador é composto por crianças a partir de 6 anos, jovens, adultos e idosos, inseridos em atividades embasadas em estratégias voltadas ao fortalecimento de vínculos afetivos, conquista da autonomia, empoderamento do cidadão e convívio social.

Para se inscrever no serviço, basta procurar o Cras de referência da região, onde será feito o devido encaminhamento.

“Vamos torcer bastante por mais esse talento esportivo da capital federal”

Giselle Ferreira, secretária de Esporte e Lazer

Incentivo ao esporte

Assim como Kawan, vários esportistas participam dos programas de incentivo da SEL. Somente neste ano, estão sendo atendidos 130 atletas olímpicos e 107 atletas paralímpicos por mês.

“Estamos muito felizes com a conquista do jovem Kawan, que vai representar o Distrito Federal e o Brasil nos Jogos Olímpicos”, afirma a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira. “Por meio de programas importantes, como o Bolsa Atleta, podemos ajudá-lo a manter a rotina de treinos com desempenho alto. Vamos torcer bastante por mais esse talento esportivo da capital federal.”

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