Weiller Diniz
Adivinhe quem veio para o jantar?
Todos sabem que, pela voracidade, o centrão não veio apenas para o jantar, mas para o almoço, o café da manhã, lanchinhos, convescotes e outras boquinhas. Há anos eles ocupam as melhores mesas, usam os talheres de prata e saboreiam os melhores cortes. O Brasil reingressou no mapa da fome e eles não largam o osso
Do banco imobiliário ao banco dos réus
O curioso é que, das transações bancárias, os R$ 89 mil depositados em 27 cheques por Fabrício Queiroz para a primeira-dama, assim como as demais, permanecem sem explicações. Murros na boca de jornalistas não apagam os fatos nem evitam o calvário entre o Banco Imobiliário e o banco dos réus
Os cartões da cloroquina da economia
Depois de 20 meses como titular absoluto Paulo Guedes é a imagem do atacante - outrora impetuoso - deslocado. O posto Ipiranga vai se convertendo no deposto Ipiranga
Togas contra a democracia
No Brasil a ambiência da carga viral foi fértil. A tentativa de empestear o modelo democrático encontrou por aqui o laboratório ideal e o hospedeiro padrão. Sérgio Moro, autor do manifesto exaltando os métodos da operação “mãos limpas”, foi o primeiro vetor a terceirizar a toga que achatou a curva democrática
Os 7 pecados: da Gênese ao Apocalipse
Os demônios da lava jato foram eviscerados a partir de junho de 2019, quando o site “The Intercept” começou a divulgar diálogos pecaminosos. Alguns são verdadeiros sacrilégios jurídicos envolvendo procuradores, Deltan Dallagno l e Sérgio Moro em grupos de comunicação instantânea
A fossa nova
O Rio de janeiro, infelizmente, perdeu a bossa, aquele jeito novo, criativo e cativante. Afundou em uma fossa escura, entendida como bueiro ou depressão. Na memorável “Insensatez”, o maestro Antônio Carlos Jobim ensinou: “Quem semeia vento, diz a razão, colhe sempre tempestade”
O bloco de sujos dos militantes e meliantes
O bloco de sujos é extenso. Em tese, envolve uma avenida de crimes. No caso Marielle Franco, além dos inquéritos em andamento no STF, TSE e os crimes de responsabilidade empoçados na Câmara. Pesam contra o capitão representações no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade
Toda mudez será castigada
Quando querem abusam dos efeitos especiais e pirotecnia. Quando não, desistem do protagonismo e assistem como se fossem meros espectadores de uma ficção. Na temporada atual o estrelato tem sido a mudez
O chocalho estridente da serpente
O capitão Jair Bolsonaro só abafou a sibila golpista depois de perder parte do serpentário que virou as fossas contra a cilada institucional. A meta autoritária, porém, segue inalterada. Mudou apenas o método. Agora, ela envenena os subterrâneos do Ministério da Justiça e da Abin, menos iluminados