Conhecidos advogados criminalistas de Brasília espalharam a versão de que Sérgio Machado gravou as conversas com o ex-presidente José Sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá com um dispositivo que era captado à distância pela Polícia Federal. A partir dessa suposta informação criaram a narrativa de que teria ocorrido um “flagrante plantado”, o que é ilegal. A defesa de Sarney já usou esse argumento no Supremo Tribunal Federal.
Se isso fosse verdade, poderia ser o suficiente para anular todas as gravações feitas por Sérgio Machado e, no limite, inviabilizar a própria investigação do Ministério Público. Mas é o próprio Sérgio Machado quem derruba esse castelinho de areia. Em um de seus depoimentos, ele conta que, depois da Polícia Federal ter cumprido, em dezembro do ano passado, um mandado de busca e apreensão em sua casa, ele percebeu que o cerco estava se fechando. Chamou o filho Expedito Machado Neto, seu grande parceiro no esquema de corrupção, e pediu para ele arranjar um discreto aparelho de gravação.
Mais um tiro errado de advogados que sempre foram vitoriosos nos tribunais superiores de Brasília e hoje colecionam derrotas.