Senado pode proibir Dilma de vistoriar obras

Senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB. Foto Orlando Brito

A presidente Dilma Roussef parece nem aí para a decisão aprovada por mais de dois terços do Senado de abrir o processo de impeachment e afastá-la do cargo. Conforme Os Divergentes antecipou, nessa quinta-feira (9) Dilma foi a Campinas para uma vistoria das obras do acelerador de partículas no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, uma das vitrines do PAC. Lá, Dilma se comportou como se nada tivesse acontecido e ela estivesse em pleno exercício do governo, em companhia do ex-ministro Aloísio Mercadante.

A única diferença de quando estava na Presidência da República é que — como também antecipou Os Divergentes — ela não foi autorizada a viajar em avião da Força Aérea Brasília.  Em sua primeira reação, ela avisou que iria em voo de carreira e cobrou do governo Michel Temer medidas para garantir sua segurança. Mudou de ideia de depois de uma avaliação mais cautelosa: o risco de ser hostilizada nos aeroportos e no próprio avião era muito alto. Viajou, então,  em um jatinho alugado pelo PT.

Por intermédio de seu advogado José Eduardo Cardozo, Dilma questiona junto ao Supremo Tribunal Federal e à presidência do Senado as restrições, como a limitação do uso de aviões oficiais, impostas pelo governo Temer. O tiro pode sair pela culatra. “Como sempre, ela continua desrespeitando leis e normas. É por causa dessa cultura de desobediência às leis que ela está sendo afastada da Presidência da República”, afirma o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima.

Cássio, por sinal, vai propor ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que inclua na resposta ao ofício de José Eduardo uma advertência a Dilma de que ela não pode ignorar a decisão dos senadores e viajar pelo país vistoriando obras.

 

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