Planalto nega avião e Dilma cobra segurança em voo comercial

A presidente afastada Dilma Rousseff no Palácio Alvorada. Foto Orlando Brito

A presidente afastada Dilma Rousseff planejou uma viagem a Campinas, em São Paulo, para a quinta-feira (9). De acordo com o Palácio do Alvorada, ela vai visitar as obras do acelerador de partículas, a convite do renomado físico Rogério César Cerqueira Leite.

Dilma enviou ofício a Força Aérea Brasileira requisitando um avião. Foi seu primeiro teste depois do entendimento jurídico do governo Michel Temer de que ela só tem direito a usar avião oficial em seus deslocamentos entre Brasília e Porto Alegre, onde mora sua família.

O Palácio do Planalto recusou o pedido. Dilma foi informada de que, no máximo, o governo poderia arcar com as despesas de uma viagem em voo de carreira. Mas a própria Dilma tem dito que, por questões de segurança, não pode embarcar em voos comerciais. Como esse argumento não sensibilizou o novo governo, ela mudou a estratégia.

Não se fez de rogada diante da nova recusa. De acordo com a sua assessoria, Dilma resolveu que, se não tiver avião oficial, vai viajar em voo de carreira. Segundo seus assessores, conforme a Lei 10.683, a responsabilidade por sua segurança em suas viagens em aeronaves oficiais ou comerciais continua sendo do Gabinete de Segurança Institucional.

Se cumprir o prometido, depois de muitos anos, Dilma enfrentará um teste de popularidade em aeroportos e no próprio voo. Se nenhum dos lados estiver blefando, os aeroportos podem virar mais um campo de batalha nos múltiplos palcos que iluminam, ou obscurecem, a política no Brasil.

 

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