Há um clima de barata voa no Congresso Nacional. O zum zum zum é de que pelo menos um parlamentar, em busca de delação premiada, está gravando conversas com os colegas sobre quem e como se beneficiou de propinas da roubalheira na Petrobras.
O clima já estava ruim. Depois que foram divulgados diálogos de caciques do PMDB com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado ficou ainda pior. Entre os que temem as investigações há uma espécie de bolsa de apostas sobre quem poderia estar “traindo”, mais um X-9 na equação. Pelo que se ouve aqui e ali, ele conseguiu confissões de quem faturou junto no roubo a Petrobras.
Personagens óbvias como parentes de quem está preso nem são levadas a sério. Como as conversas com Márcia Cristina, mulher do ex-senador Gim Argello. E de outros suspeitos de carteirinha. O que está causando, digamos, pavor foram diálogos em momentos tensos com interlocutores até então parceiros ou cúmplices.
Pode ser pura paranoia. Mas há nomes surpreendentes com quem parlamentares envolvidos no escândalo da Petrobras temem o que falaram e, quando se tocaram, passaram a conversar com um pé atrás. O problema é o que disseram antes.