Posição da maioria do STF tira do páreo Jucá e Aguinaldo Ribeiro

Deputado Aguinaldo Ribeiro. Foto Orlando Brito

O pedido de vista do ministro Dias Toffoly pode ter assegurado a Renan Calheiros a conclusão de seu mandato na presidência do Senado. Mas, ao antecipar seu voto e formar a maioria no Supremo Tribunal Federal sobre o impedimento de réus ocuparem cargos na linha sucessória da Presidência da República, o ministro Celso de Mello já influenciou as eleições para as presidências da Câmara e do Senado.

Mesmo adiada, os parlamentares sabem que mais dias menos dia  a decisão entra em vigor. Quem já está na linha de tiro no STF perde as condições de entrar no páreo. No Senado, é o caso de Romero Jucá, que na Operação Lava Jato responde pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha — e ainda a outros quatro inquéritos.

Jucá pode a qualquer momento virar réu. Seus colegas dizem que seu desejo de suceder Renan foi para o sal. A chamada saída honrosa para Jucá seria sua indicação para a liderança do governo no Congresso. O senador Eunício Oliveira continua no páreo para suceder Renan. Até o momento não responde a inquérito na Lava Jato.

Eunício, porém, é investigado no STF por ter sido citado na delação do principal lobista da Hypermarcas em Brasília, Nelson José de Mello, como beneficiário, em sua campanha ao governo do Ceará em 2014, de R$ 5 milhões pelo caixa 2. Ele nega.

Na Câmara, dos três postulantes do Centrão — Aguinaldo Ribeiro (PP), Jovair Arantes (PTB) e Rogério Rosso — um já é considerado carta fora do baralho, Agnaldo Ribeiro. Ele responde a inquérito em que é acusado de receber propina mensal no escândalo da Petrobras. O Ministério Público o denunciou pelos crimes de lavagem de dinheiro corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As eleições para as mesas da Câmara e do Senado são em fevereiro.  Nesse período, a Operação Lava Jato, a partir de delações como a do Odebrecht, pode ceifar outras candidaturas. Outro dia, perguntado sobre qual a candidatura mais viável na sucessão de Rodrigo Maia, o deputado Lúcio Vieira Lima não titubeou. “Alguém que sobreviver até lá”.

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