Aqui em Os Divergentes foi revelada uma revolta no PMDB contra a Executiva Nacional do partido por recusar os pedidos de recursos do Fundo Partidário para financiar as campanhas eleitorais. Lideranças do partido país afora cobram uma prestação de contas dos senadores Romero Jucá (presidente) e Eunício Oliveira (tesoureiro), gestores dos recursos partidários.
Romero Jucá confirma a chiadeira, mas afirma que o caixa vazio não é culpa dos dirigentes. Diz ele que, diferente de alguns outros partidos, o PMDB adotou como critério repassar automaticamente tudo o que recebe para suas seções regionais. O que entra sai para quem tem que receber.
Com a proibição do financiamento empresarial nessas eleições municipais, os políticos de todas as legendas correm atrás do dinheiro do Fundo Partidário. Romero Jucá diz que o PMDB não tem como atender:
– O PR fez um bolo e está distribuindo para seus candidatos. Apesar das cobranças, nós não temos como fazer isso. No nosso partido, a regra é essa.
Depois que tomou posse como presidente da República, Michel Temer renunciou à presidência do PMDB, em que estava apenas afastado. Romero Jucá agora é formalmente presidente do partido. Nessa condição, ele diz que vai propor a mudança de critérios para a distribuição do dinheiro do Fundo Partidário – 30% de tudo que for arrecadado serão usados para gastos como o financiamento eleitoral.
O problema é que isso não vai resolver o problema de quem precisa de grana agora para contratar serviços para a campanha eleitoral. A chiadeira vai continuar.