Conversa com Carmen Lúcia foi decisiva para Temer detonar aumento de salários no STF

A ministra Cármen Lúcia e o presidente Michel Temer

Há 20 dias, o senador Renan Calheiros reagiu às críticas ao reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal afirmando que ele e o presidente Michel Temer haviam assumido o compromisso de aprová-lo. Com sua base política dividida, Temer não confirmou e nem desmentiu a informação de Renan.

Na época, o ministro Ricardo Lewndowski presidia o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff e fazia lobby ostensivo para o aumento de seu próprio salário e o dos colegas de tribunal. Parecia não dar a menor bola para as advertências do custo bilionário para a União e os Estados pelo efeito cascata do aumento.

Em entrevista ao jornal O Globo, divulgada nesse domingo (11), Michel Temer desceu do muro e se posicionou contra o reajuste. O que o levou a fazer essa declaração? De acordo com o jornal, a entrevista do presidente foi dada na sexta-feira. Um dia antes, Temer conversou com a nova presidente do STF, Carmen Lúcia, e ficou impressionado sobre como ela pensa diferente de Lewandowski.

Interlocutores de Temer dizem que, nessa conversa, foi sepultada a tentativa de aprovar esse reajuste a curto prazo. Temer se sentiu à vontade para colocar a pá de cal na sua entrevista.

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