Como crise e tombo de Cabral, Pezão e Paes afetam as butiques de carne

A picanha de Kobe é grande estrela em churrascos de gente rica. O sucesso dessa carne especial, da raça japonesa Wagyu, é sua gordura entremeada nas fibras, o que a torna mais macia e suculenta.

A picanha de Kobe Passion é uma espécie de Ferrari das picanhas. Custa quase o dobro da Kobe, digamos, comum, e frequenta as mesas de quem tem muita grana. Ou muito poder.

Nos açougues sofisticados do Leblon, que se apresentam como butiques de carne, a picanha de Kobe virou carro-chefe. Outro é o pernil de cordeiro da Nova Zelândia, ambos com a fama de serem os melhores do mundo.

Mas, por aqui, os tempos mudaram. É o caso do tradicional Açougue Prime, na Cobal do Leblon. Há anos, abastece famosos, empresários e restaurantes badalados.

Mas, também, atendia a outros clientes especiais, em suas casas ou nas residências oficiais, como Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes…

Por motivos óbvios, essa turma sumiu.

Sérgio Cabral, por exemplo, depois de idas e vindas, voltou à cela em Bangu, onde tem direito a uma carne por refeição (bovina, frango ou peixe). Nenhuma delas com padrão para figurar no portfólio das chamadas “boutiques” de carne.

No Açougue Prime, as picanhas Kobe estão em promoção. O quilo das Passion está cerca d$ 100 menos cara. O quilo lá custa agora exatos R$ 464,80. O que se fala ali é que, esgotado o estoque, a venda da picanha de Kobe Paisson será suspensa até que seus ricos e poderosos consumidores voltem a comprá-la.

Pelo andar da carruagem das investigações, alguns não voltam tão cedo.

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