Aécio bota a cara na TV para tentar equilibrar o jogo com Alckmin

Geraldo Alckmin e Aécio Neves - Foto Orlando Brito

Os especialistas dizem que misturar resultados de eleições municipais com corrida presidencial é forçar a barra. São universos distantes, com suas peculiaridades. Na política, nem sempre é assim.

Uma cena em Brasília na terça-feira (25) ilustra bem. João Dória circulou pelo Palácio do Planalto e Congresso Nacional como uma estrela de primeira grandeza, com direito a cortejo ao cruzar o Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Dória é o principal trunfo do governador Geraldo Alckmin em sua disputa particular com o senador Aécio Neves pela candidatura tucana ao Palácio do Planalto.

O único compromisso cancelado na visita de Dória a Brasília foi seu encontro com Aécio. Aécio estava em Minas Gerais correndo atrás do prejuízo. As pesquisas indicam uma disputa apertada, com alguma vantagem de Alexandre Kalil (PHS) sobre João Leite (PSDB).

Depois da inédita vitória de Alckmin em São Paulo, Aécio sabe que, com uma derrota em Belo Horizonte, pode perder a vantagem que manteve até agora entre os tucanos país afora.

Aécio quer voltar semana que vem a Brasília com um trunfo a tiracolo. Até aqui, ele só aparecia na campanha adversária. O programa de Kalil explorou a aliança em BH entre Aécio e Fernando Pimentel, um petista que tem até um escândalo para chamar de seu.

Pois bem. Aécio apareceu na propaganda eleitoral na televisão como a maior aposta de uma nova virada em Belo Horizonte. Bateu de frente com o mote de Kalil que, a exemplo de João Dória, se vende como um contraponto aos políticos tradicionais.

Aécio defendeu o que chamou de “boa política”. Citou Tancredo Neves e Ulysses Guimarães. Defendeu seu legado em Minas. Domingo vai saber se deu certo.

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