(matéria atualizada logo após a votação, às 12h22)
O presidente em exercício da República, Michel Temer, resolveu de uma só tacada tentar tirar da disputa vários peemedebistas que pretendiam concorrer a Presidência da Câmara: com o apoio do Planalto, a bancada decidiu escolher apenas um candidato do partido. Mas o resultado foi surpreendente.
A expectativa já era de que, na reta final, Temer convenceria boa parte dos peemedebistas a desistir. Mas os articuladores do governo consideraram arriscado deixar para depois.
Marcelo Castro, que foi ministro da Saúde de Dilma Rousseff e votou contra o impeachment, aceitou participar da votação.
Também concorreram Carlos Marun (MS) e Osmar Serraglio (PR). Fábio Ramalho (MG) disse na reta final que iria tentar a candidatura avulsa, mas bancada resolveu contar seus votos. Sergio Souza (PR), resolveu não concorrer com seu colega de Estado, Osmar Serraglio, dentro da bancada. Não se sabe se será candidato avulso.
Resultado do primeiro turno: 17 votos para Marcelo Castro, 11 para Serraglio, 11 para Marun e sete para Fabio Ramalho.
No segundo turno, Marcelo Castro surpreendeu e saiu vitorioso com 28 votos.
Marcelo Castro havia sido convencido a participar pelo ex-líder do PMDB na Câmara Leonardo Picciani (RJ), atual ministro do Esporte do governo Temer. Mas assim mesmo a expectativa era de que não venceria na bancada.
Sua vitória no PMDB põe em xeque a estratégia de boa parte do PT e do PCdoB de apoiar sua candidatura.
Marun, Serraglio e Fabio Ramalho eram considerados aliados de Eduardo Cunha. Com os dois primeiros sendo mais próximos. Castro não venceria sem o apoio dos colegas que votaram em primeiro turno nos aliados de Cunha.
Portanto ficam agora várias dúvidas no ar: Ele teve ou não o apoio de Cunha? E como fica sua relação com o Palácio do Planalto? E com o PT e o PCdoB?