AGÊNCIA BRASÍLIA *
A Secretaria de Saúde intensificou a campanha de sensibilização e prevenção à violência doméstica e ao feminicídio. O objetivo é orientar profissionais de saúde para a percepção dos sinais de violência e a comunicação, aos órgãos responsáveis, sobre casos de violência doméstica contra a mulher. A violência física contra as mulheres tem pico no grupo das jovens adultas, com idade entre 20 e 29 anos.
“Estamos fazendo um reforço na conscientização quanto aos sinais de risco para o feminicídio. A ideia é sensibilizar o servidor para observar os sinais de risco nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher”, destaca a chefe do Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção às Violências, Elizabeth Maulaz.
As salas de espera e as emergências de hospitais e policlínicas estão recebendo cartazes com informações sobre os fatores de risco de ocorrência de episódios de violência. As orientações colaboram no entendimento e na avaliação dos casos de ameaça à vítima.
A campanha inclui o Violentômetro, uma escala que representa os diferentes graus de violência para que as vítimas possam reconhecer e identificar a situação. O Violentômetro busca alertar as mulheres e estabelece os estágios da violência que ela pode estar sofrendo, inclusive ameaças psicológicas, como chantagens, culminando na possibilidade de feminicídio.
O sistema de saúde é o primeiro ponto de contato das vítimas com a rede de enfrentamento à violência. Daí a importância de os profissionais de saúde estarem preparados para avaliar e gerenciar os riscos da violência contra a mulher.
Rede
Toda a rede pública de saúde está apta a identificar, acolher, notificar e atender as pessoas em situação de violência. O Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav), antigo PAV, tem assistência mais específica, contando com 18 unidades nas sete regiões de saúde do DF.
Desde o início do ano até 11 de novembro, a Secretaria de Saúde notificou 1.307 casos de violência física contra pessoas do sexo feminino, conforme registros do último levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. As notificações são provenientes de toda a rede pública de saúde.
* Com informações da Secretaria de Saúde