HÉDIO FERREIRA JÚNIOR, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Um documento de identidade tem garantido a jovens de baixa renda, com idade entre 15 e 29 anos, benefícios como meia entrada em eventos culturais e até gratuidade em viagens de ônibus e trens interestaduais. O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Juventude, dá suporte a moradores do DF que querem contar com o benefício.
A concessão do documento é feita a jovens inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Este mês, a Secretaria da Juventude promoveu uma ação em Ceilândia onde pessoas interessadas eram orientadas a emiti-lo na hora. Essa emissão pode ser feita pelo app ID Jovem (disponível nas plataformas digitais) ou presencialmente em agências da Caixa Econômica Federal.
Para consegui-la, é preciso que o jovem comprove renda de até dois salários mínimos. Os benefícios da ID Jovem está previsto no Estatuto da Juventude (lei nº 12.852/2013, decreto nº 8.537/2015), regulamentado em 2016 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
5 mil
é quantidade de jovens cadastrados no programa ID Jovem
O DF conta atualmente com cerca de 800 mil jovens, mas apenas 5 mil estão cadastrados para ter o documento de identificação. “Há uma parceria com a Secretaria Nacional da Juventude e estamos nos empenhando para que cada vez mais jovens do DF tenham acesso ao documento e aos seus benefícios”, afirma o secretário de Juventude, Léo Bijos.
A resolução prevê a reserva, por viagem, de duas vagas gratuitas para jovens de baixa renda. Esgotadas as vagas gratuitas, outras duas devem ser garantidas com desconto de, no mínimo, 50% no valor das passagens.
A gratuidade e o desconto são válidos apenas para viagens em ônibus convencionais e se limitam a duas passagens por mês a cada requisitante.
Economia
Moradora de Santa Maria, Laurea Ferreira Gondim, de 29 anos, usa a ID Jovem há dois anos. Desempregada, foi graças ao documento que conseguiu uns bicos de trabalho em Formosa, em Goiás, que contribuíram com para manter sua renda e cuidar da filha de 6 anos.
Por diversas vezes, Laurea pegou o ônibus até a cidade vizinha, trabalhou e voltou – sem precisar gastar mais por isso. “Sem isso, eu nem iria, na verdade, porque meu lucro com o serviço seria menor e não compensaria”, disse. Em dezembro, ela completa 29 anos e deixa de contar com o benefício da identidade.