O governador João Doria está de olho gordo para cima do ministro Sérgio Moro. O mandatário paulista estaria esperando apenas que o juiz peça as contas do Governo Federal para levá-lo para a Pauliceia Desvairada. Este é o comentário a boca pequena nos corredores do Palácio do Morumbi.
Doria está procurando reforçar sua administração com algumas expressões destacadas que emergiram recentemente na política. Um exemplo desse modelo é seu secretário de Fazenda, Henrique Meirelles, de imagem técnica, um dos quadros mais categorizados do mundo econômico internacional. Outra estrela seria o líder da Operação Lava-Jato.
Em São Paulo, Moro teria oportunidade de operar nas suas áreas preferenciais, combate aos crimes de colarinho branco e enfrentamento contra as facções criminosas. No Estado está a cabeça da mais poderosa de todas, o Primeiro Comando da Capital, o PCC, que já tem ramificações internacionais no Velho e no Novo Mundo.
Na política, especula-se que seria o candidato a vice-presidente. Outra opção, seria voltar, numa hipótese eleitoral, para o Paraná, onde os tucanos perderam suas lideranças mais expressivas, que naufragaram, como é o caso do ex-governador Beto Richa (por sinal, preso e destruído pelo então juiz Moro).
Integrando as hostes do governador de São Paulo, o ministro daria maior consistência nacional à chapa de João Doria. Marqueteiro profissional, ele sabe muito bem ter de vencer a resistência do eleitorado a nomes paulistas fora do Estado, como comprovam os fracassos de José Serra e Geraldo Alckmin.