O labirinto sem saída de Cunha

Cunha em seu labirinto. Foto Orlando Brito

Eduardo Cunha vai mesmo dar uma exibição de força nessa terça de manhã no Hotel Nacional? Os deputados ainda supostamente aliados de Cunha vão comparecer? Ele vai jurar pela enésima vez que é inocente? Ou vai anunciar sua renúncia à Presidência da Câmara, como têm dito parlamentares ligados a ele?  Se fizer isso, consegue reverter a clara tendência de ter o mandato cassado pelo plenário da Câmara?

Essas e outras indagações povoam as cabeças de parceiros, adversários e algumas até do próprio Cunha. Depois da derrota no Conselho de Ética, onde esperava vencer, ele já não tem mais a mesma autoconfiança de sempre. Perdeu toda e qualquer margem para um novo erro.

Cunha não sabe de onde virar o tiro fatal. Se do Supremo Tribunal Federal, endossando o pedido  para sua prisão  feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ou pela decisão de colegas deputados com votos, inclusive, de quem sempre lhe disse sim.

Suas opções são ruins. Vai ser preso pelo STF ou pelo juiz Sérgio Moro? Não há mais carta na manga que o salve. Ele sempre foi craque em suas apostas, jogador frio, toda vez que desafiado mostrava boas cartas. A sorte virou. Ele não tem saída. Acabou.

 

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