O Banco Central de Ilan Goldfajn estará mais fortalecido na sua missão de combate a inflação por poder contar com a ajuda contracionista da política fiscal, coisa que Alexandre Tombini deixou claro no período que ficou à frente da instituição.
Ilan Goldfajn disse hoje que fará uma política monetária para levar a inflação ao centro da meta, que é 4,5%, e que os limites acima servem para os choques inesperados de inflação. Isso significa que taxas de juros vão continuar nos atuais patamares por mais tempo.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falou da preocupação com a flexibilização do Orçamento Geral da União e, como consequência, o reequilíbrio das contas públicas. É um sinal claro ao mercado de que a partir de agora o Banco Central vai poder contar com bons resultados fiscais, fundamentais para a potencialização da política monetária de combate a inflação.
A posse de Ilan Goldfajn foi um dos maiores acontecimentos do BC e de Brasília dos últimos tempos. Estiveram presentes a os ex-presidente do BC, Ernani Galveas, Pedro Malan, Gustavo Franco e Armínio Fraga. A maior parte dos banqueiros do país também compareceram, como o presidente da Federação dos Bancos (Febraban) Murilo Portugal.