A cláusula de desempenho que ameaça dizimar 14 dos partidos que elegeram deputados na Câmara, retirando-lhes o direito ao Fundo Partidário e o acesso à TV, está deixando muita gente sem sono. Os partidos prejudicados querem resolver sua situação antes do início da nova legislatura, em fevereiro, fundido-se a outras legendas para alcançar os percentuais de votos necessários para ter existência plena.
O PCdoB, por exemplo, está conversando com muita gente no campo progressista, mas não deve aceitar os convites para se juntar a partidos maiores, como o PT ou o PDT, nos quais seus integrantes acabariam diluídos. Querem manter a história e a sigla, e por isso tende, a se fundir a legendas pequenas, que a ele se incorporariam.
Uma opção que está entusiasmando alguns de seus integrantes seria se unir ao atual PCB, Partido Comunista Brasileiro, reunindo as siglas que, em 1962, foram criadas a partir da cisão dos comunistas brasileiros, criando PCB e PCdoB, sob a liderança de Luiz Carlos Prestes, de um lado, e outros como Mauricio Grabois e João Amazonas, de outro. É bem verdade que o atual PCB pouco tem a ver com o partido que um dia foi de Prestes. Essa fatia acabou se transformando em PPS nos anos 90.
Apesar de o comunismo estar hoje um tanto quanto fora de moda, terá seu charme a reunião das duas siglas, que hoje se completam no percentual necessário de votos e passariam a se chamar Partido Comunista do Brasil, sob a legenda PCB.