No último domingo em que as famílias se reuniram antes das eleições, trocar opiniões sobre em quem votar certamente dominou as conversas. Na maioria das campanhas, a expectativa era de que as manifestações no sábado com o slogan “ele, não”, movimento puxado por mulheres, repercutissem bem no papo dominical.
As enquetes por telefone durante o fim de semana o fim de semana pareciam confirmar as pesquisas do Ibope e Datafolha da semana passada que causaram alguma euforia no comando petista. Fernando Haddad levou boas notícias para seu encontro semanal com Lula, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A avaliação era de que, na reta final, Haddad pudesse ultrapassar Bolsonaro e chegar à liderança no primeiro turno.
As conversas entre amigos e familiares no final de semana provocaram efeito contrário. Falou mais alto o receio da volta do PT ao poder. O desgaste do partido é visível em seu desempenho fora do Nordeste. O próprio Lula tem uma rejeição altíssima. De acordo com o Datafolha, 51% dos entrevistados querem que ele continue na cadeia.
As manifestações de rua e as pancadas em Bolsonaro, erros grosseiros do general Hamilton Mourão e do seu “guru” Paulo Guedes não produziram o resultado esperado. Até aqui Bolsonaro tem mostrado um surpreendente efeito Teflon, em que nada gruda.
Se a onda Bolsonaro, detectada pelo Ibope e Datafolha, que captaram seu expressivo crescimento no Sudeste, no Sul e Nordeste, não virar uma marolinha nos próximos dias, ele pode liquidar a fatura no próximo domingo.
A conferir.