Geraldo Alckmin foi o alvo preferencial dos adversários centristas no bloco em que os candidatos fizeram perguntas uns para os outros no debate da Band. Com Ciro Gomes, o embate foi em torno da reforma trabalhista. Marina Silva perguntou-lhe sobre a aliança com o Centrão e não aceitou o aceno que recebeu do ex-governador numa pergunta inofensiva sobre saúde. Na tréplica, tratou de dizer que o PSDB não deu recursos para o saneamento. Cabo Daciolo também fez pergunta para Alckmin, embora sem dizer coisa com coisa.
Henrique Meirelles levou um gancho de direita de Álvaro Dias, a que resolveu perguntar sobre a crise da economia no governo Dilma. Dias, com sua fantasia de Moro, disse que ele é que devia saber, porque era do governo, e lembrou os juros a 20% quando ocupou o BC e o aumento recente da dívida pública. O ex- ministro da Fazenda tentou varias vezes, sem muito sucesso, assumir o comando da economia no governo Lula – o que não é bem verdade – e esqueceu o de Temer.
Jair Bolsonaro levantou a bola para Álvaro Dias numa pergunta sobre o BNDES e aproveitou para tentar limpar sua barra com o eleitorado feminino. Bolsonaro, aliás, demorou a ser Bolsonaro no debate. Sentado, aparentando certa tensão, só se recobrou ao falar de armamento.