Coisa de grã-fino I. O juiz Pedro Gegran Neto, do TRF-4, deu a deixa e o jornalista José Casado sintetizou: “Não há pobres na Lava-Jato”. A Lava-Jato é, assim, o sonho de toda a esquerda, queixosa desde sempre de que réus nos tribunais são sempre pobres e negros.
Coisa de grã-fino II. A sentença do sufeta com jeito de mosqueteiro foi mais elaborada: “Não estamos tratando de pobres, miseráveis ou descamisados que usualmente são os destinatários das ações penais no Brasil”. Na linguagem clássica da esquerda, o alvo da Lava-jato é “a elite branca e rica” – o que deveria ser motivo para êxtase da sinistra.
Não fica um. “Temer chegou [ao poder] com uma boa agenda. Foi parceiro preferencial do PT na roubalheira e na destruição da economia, mas teve o mérito de parar com aquilo e apresentar uma proposta [de reformas]. Foi uma grande surpresa. Depois ficou claro que seus vínculos com o Brasil velho eram muito fortes”. Armínio Fraga, hoje à caça do seu próprio candidato à presidente.
Quebrou o Brasil e foi se aposentar. Só aqueles que já precisaram de atendimento na agência do INSS da Asa Sul, de Brasília, sabem o tamanho do privilégio que Dilma Rousseff teve ao conseguir se aposentar em apenas um dia e sem enfrentar filas. Quem não pertence a elite, como a ex-presidente, pode lá esperar até 3 horas para um singelo pedido de informação. Em pé.
Gauche I. Marcia Tiburi, filósofa e ativista de esquerda, ao se recusar a debater com Kim Kataguiri, expoente do MBL e ativista de direita, perdeu a oportunidade de praticar o que escreveu. Autora de “Como conversar com um fascista”, ela exibiu ao vivo intolerância e incapacidade de confrontar diferenças.
Gauche II. Com a palavra o jornalista Juremir Machado da Silva, elogiado pela filósofa e autor do convite a ambos para o debate na Rádio Guaíba. “Eu creio que ele [Kim] expressa, de certo modo, a opinião de quase metade da população brasileira“. O periodista, neutro como devem ser os periodistas, percebeu o que atemoriza a sinistra: O MBL não se resume a meia dúzia de jovens direitistas, mas a face irreverente de um pensamento brasileiro expressivo.
Cheerleader I. Lula vai se arrepender pelo resto da vida por ter imposto Dilma Rousseff como candidata à presidente da República. Nomes não lhe faltavam. Tinha Marcelo Déda, Patrus Ananias e Olívio Dutra, et alii.
Cheerleader II. Nessa toada autoconfiante, pode se arrepender pela segunda vez. Gleisi Hoffmann se parece mais com uma animadora de torcida do que líder do partido que já representou a esperança dos brasileiros. A menos que a ideia seja representar uma estrela que cai.
Conexão Trump-Temer. Pelo menos uma característica em comum existe entre Donald Trump e Michel Temer. Ambos estão melhorando o ambiente econômico dos países que presidem, enquanto suas popularidades têm curvas descendentes.