Hora do PT apoiar a Lava-Jato

Dilma e Temer

A realidade desvelada pela Operação Lava-Jato deixou duas manchas indeléveis no PT, a agremiação que nasceu estoica e, depois, desandou. Incompetência e corrupção.


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Uma leva expressiva de brasileiros acredita nisto. Outra acha que é tudo armação da Rede Globo e do Michel Temer. Quanto aos demais, bem, são crédulos ou nefelibatas.

Ou seja, o prejuízo da sigla é como pasta de dente fora do tubo. Definitivo. Porém, para maior desalento da grei petista, seus algozes (PMDB à frente) tramam para escafeder-se da sanha do juiz Sergio Moro, o carrasco do PT.

Quer dizer, principal aliado dos 13 anos de petismo, sem o qual a obra de Lula e Dilma (para o bem e para o mal) não seria possível, o PMDB articula para safar-se das acusações que lhe roçam os calcanhares. E o faz à luz do dia.

Para tanto, o PMDB conta com a lerdeza do Ministério Público e da Suprema Corte quando se trata de vergastar detentores de foro privilegiado. Além disto, petistas que condenam o “golpe” do ex-aliado são os mesmos que atacam a Lava-Jato, e, assim, fomentam o ardil peemedebista.

Na mira do PT, ao torpedear Moro e seus sequazes, está remir uma honra já conspurcada e salvar os últimos companheiros que ainda não foram alcançados pelo sufeta de Curitiba. Entre eles, Lula.

Ora, considerada a inocência do companheiro-mor trombeteada pela sigla e sua habilidade de ressurgir das cinzas, por que perseverar no assédio às investigações? Enfraquecer a Lava-Jato é fortalecer parte dos que propugnaram o impeachment de Dilma, como o PMDB – hoje empoleirados no Poder Executivo.

Por fim, apoiar a Lava-Jato implicará a ampliação da faxina ético-política, em curso há três anos, para além das hostes petistas. Pode parecer maquiavélico. E é.

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