Agora, sim, os sinais são inequívocos, apesar de todas as dúvidas. As avenidas de Brasília estão sem ornamentação, mas esvaziaram de repente. Os shopping cheios, embora a maior concentração de gente seja na fila do panetone e do sorteio. E eles voltaram, com duas caixinhas, aos sinais – ou faróis, para os paulistas. As crianças voltaram numa quantidade e numa carência que não se via há anos, apertando os corações de quem já havia se acostumado a pensar que, ainda bem, elas não estavam ali porque estavam nas escolas. Só que não mais.
Mas o sinal mais inequívoco, a garantia das garantias, veio ontem à noite como show do Roberto Carlos na Globo: afinal, o Natal chegou. Chegava tudo – mas tudo mesmo – neste ano medonho, menos o Natal.
Mas agora ele aí está, e espero que vocês não achem que estou zoando da cara de vocês quando desejo a todos um Feliz Natal.
Afinal, se há uma coisa que a vida ensina é que a felicidade não nos é dada de presente por nada, nem por ninguém, do lado de fora. Só pela capacidade de olhar para dentro e aprender a gostar do que vê. É o que desejo para você.