O procurador Deltan Dallagnol e a força tarefa da Lava Jato partiram para a guerra e transformaram a devolução de R$ 200 milhões do “petrolão”à Petrobras num ato de defesa da aprovação de suas 10 medidas contra a corrupção. É uma reação do procurador a mudanças que os deputados querem fazer no texto, sobretudo para incluir a possibilidade de crime de responsabilidade contra juízes e procuradores.
Com transmissão ao vivo pela GloboNews, e na presença do presidente da estatal, Pedro Parente, Dallagnol disse claramente que é preciso ficar de olho na comissão especial que deve votar as medidas na próxima terça-feira. Deixou claro que está à frente da mobilização.
Parente e todos os demais procuradores e delegados apoiaram as dez medidas. O representante da Transparência Internacional criticou o ministro do STF Gilmar Mendes por ter criticado a lei da Ficha Limpa.
Claro está que a tentativa da força tarefa é mobilizar a opinião pública para pressionar a Câmara. Nem sempre, porém, esses movimentos que vão com muita sede ao pote dão certo com o pessoal de Brasília. Há uma boa chance de acirrar os ânimos no Congresso e no STF. Até porque, nos tribunais superiores, tem muita gente incomodada com a postura da força tarefa e dos integrantes da primeira instância.