Meirelles não quer comprometer meta fiscal com ajuda a governadores

Ministro Henrique Meirelles. Foto Orlando Brito

A ajuda financeira aos estados, em negociação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com os governadores na próxima semana, estará limitada ao cumprimento das metas fiscais da União.

O presidente da República Michel Temer está sensibilizado com a situação de caixa de diversas unidades da federação, mas deu carta branca a Henrique Meirelles para negociar qualquer tipo de ajuda aos governadores desde que não comprometa a atual política de teto de gastos e esforço de superávit primário de 2016 e 2017.

A equipe econômica conseguiu convencer Temer de que nada adiantaria sacrificar o esforço fiscal da União para atender na integralidade as demandas dos governadores, uma vez que não seria resolvido o ajuste fiscal dos estados e comprometeria a atual política monetária do Banco Central de estabilização da economia.

A conversa de Michel Temer hoje com o ministro da Fazenda interino, Eduardo Guardia, e com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, foi para identificar que tipo de socorro emergencial pode ser dado aos estados sem comprometer os resultados das contas do Tesouro Nacional.

“Com base na evolução das discussões neste encontro, o próprio presidente da República manterá reunião com os governadores, de modo a construir uma solução conjunta que respeite e garanta o equilíbrio fiscal que está sendo buscado pela União”, disse o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, para não deixar dúvidas sobre o limite das concessões que serão feitas pela União.

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).