O mundo gira, a lusitana roda, belo achado publicitário. Vem a calhar com o momento do PPS, sigla atual do velho Partido Comunista Brasileiro. No ano passado, seus dirigentes estavam aflitos com a possibilidade da aprovação em uma reforma política do fim das coligações proporcionais e a adoção da cláusula de barreira. Temiam por seu futuro.
Daí o grande empenho pela fusão com o PSB. O casamento só não deu certo porque na hora do enlace, os políticos mais ligados à família do ex-governador Eduardo Campos recuaram. O PPS ficou com a brocha na mão.
Foi à luta nas eleições municipais. Está no segundo turno em sete das 55 cidades que voltam às urnas no domingo, mesmo desempenho do PT, duas a menos que a do próprio PSB.
Quem agora propõe a retomada do namoro é o PSB. O PPS não descarta, mas não tem o mesmo entusiasmo. “A situação hoje é bem diferente, ganhamos musculatura nessas eleições”, afirma o deputado Roberto Freire, presidente do PPS.
Até a carta mais sedutora que Márcio França, vice-governador de São Paulo, vem colocando na mesa – a parceria com Geraldo Alckmin na sucessão presidencial – é um atrativo menor para o PPS. “Nosso candidato é o Cristovam Buarque”, diz Freire.