O presidente Jair Bolsonaro partiu para um tudo ou nada na eleição que se recusa a perder. A mistura desvairada entre data cívica e campanha eleitoral manchou o momento histórico do bicentenário da Independência do Brasil, com um espetáculo chinfrim, na expectativa de que maioria dos brasileiros apoiaria essa farsa.
Até mobilizou sua base eleitoral. Deu algum gás pra seguir em frente na campanha. Mas esbarra numa rejeição intransponível. Evidente que, depois de todas as trapaças e atropelos às Leis e à Constituição, a campanha de Bolsonaro não pegou no tranco. Essa miscelânea no 7 de setembro pode ser uma tentativa desesperada de finalmente dar liga ou uma desculpa para manter sua militância mobilizada diante do fracasso, mais uma cópia da trupe de Donald Trump.
Em suas redes sociais, comandadas por Carlos Bolsonaro, seu filho 02, o presidente pilha seus seguidores para a aventura de um golpe militar. É um enganador. No 7 de setembro do ano passado difundiu a ilusão de que daria um golpe, falou grosso na Avenida Paulista, depois pediu desculpa numa cartinha escrita pelo ex-presidente Michel Temer.
Nessa quarta-feira (7), ele cometeu uma penca de crimes, inclusive eleitorais. Pelas regras constitucionais do jogo, deveria ser eliminado. Mas, em sua trapaça, pôs a Justiça Eleitoral na berlinda. Quem entende de leis sabe que merecia uma punição imediata. Mas, nas atuais circunstâncias políticas, a melhor saída para sua certa derrota, prevista e confirmada a cada pesquisa, talvez seja sair como vítima de uma decisão da Justiça.
O TSE e nem o STF vão cair nessa armadilha. Por mais que tente, Bolsonaro não vai virar mártir. Vai ser derrotado pelos votos da maioria dos brasileiros nas urnas eletrônicas.
A conferir.