Não poderíamos terminar a semana sem lembrar a última noite do restaurante Piantella, que testemunhou em seus 37 anos tantos momentos políticos importantes quanto os palácios de Brasília. Seu proprietário, o advogado Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, abandonou temporariamente seus clientes da Lava Jato para encerrar os trabalhos no último sarau. Kakay nem pretendia abrir mais o restaurante naquele fatídico 31 de agosto. Mas, por insistência dos garçons, a maioria deles há muitos anos na casa, abriu. E aí até os clientes que andavam arredios nos últimos tempos de crise apareceram, aos montes. Acabou o pastel, acabou a comida, e restou uma galinhada. O piano bar encheu. Políticos, advogados, jornalistas, empresários de Brasília. Foi o fim de um dia pesado, que marcou de fato o fim de uma era, já que o Senado, poucas horas antes, aprovara o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ainda desavisado sobre a confusão e os dez recursos que seriam impetrados nas horas seguintes sobre o impeachment, o ministro do STF Luiz Roberto Barroso circulou pelas mesas. Mas escapou da galinhada e foi jantar em casa. Veja só o último sarau.
A última noite do Piantella
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