Meirelles oferece concessões da infraestrutura do Brasil para estrangeiros

Presidente Michel Temer e ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Foto Orlando Brito
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Foto Orlando Brito
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Foto Orlando Brito

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deixou para anunciar hoje na China um plano de investimento de US$ 269 bilhões em infraestrutura para ser executado em parceria com o setor privado nos próximos quarto anos.

É uma estimativa de investimento jamais vista no Brasil. Lembra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo ex-presidente Lula em 2007, que tinha R$ 503 bilhões para estimular o investimento privado, ampliar o investimento público e controlar o gasto público. O PAC não conseguiu atrair o investimento privado e os recursos públicos foram insuficientes para concluir as obras, sem falar nos desvios dos recursos de recursos nas obras da Petrobras, Eletrobras etc.

O Orçamento Geral da União de 2017 prevê investimento de apenas R$ 35,8 bilhões nas obras do PAC, sendo que mais da metade é para pagar dívidas de obras já entregues. É um triste fim para um programa que foi criado para salvar a economia bancado com recursos públicos. O dinheiro público acabou e o PAC não conseguiu evitar que a economia entrasse em recessão.

Henrique Meirelles quer fazer o caminho inverso. Quer usar os recursos dos investidores internacionais com sócios do Brasil em áreas estratégicas do setor de petróleo e gás, ferrovias, portos, aeroportos etc. Como o governo hoje está operando no vermelho, não há outra solução. O único problema, no longo prazo, é que estes recursos terão que ter uma remuneração no mínimo o equivalente ao pagamento de lucros e dividendos.

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).