O economista Paul Singer foi afastado do cargo de secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho.
Até aí, compreende-se… Embora seja um renomado professor da Universidade de São Paulo, Singer é fundador do PT. E o governo do presidente em exercício, Michel Temer, está desligando todos os petistas em cargos comissionados da administração pública.
Mas há um detalhe: para o lugar de Singer, nesta quinta-feira, 9, o governo nomeou Natalino Oldakoski, escrivão de polícia Classe C 1 aposentado pelo Estado do Paraná. Foi indicado para o cargo pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que que já havia ungido seu sobrinho, Leonardo José Arantes, secretário de Políticas Públicas e Emprego.
Um incoerência, na medida em que, na última segunda-feira, o presidente da República prometeu paralisar todas as nomeações para presidentes e diretores de estatais e fundos de pensão até a aprovação da nova Lei de Responsabilidade das Estatais. A ideia seria nomear “apenas técnicos” nas estatais e nos fundos de pensão para evitar o mau uso político desses cargos.
Tudo bem, o cargo de Singer não é numa estatal ou em fundo de pensão. Mas em nome da coerência, se deveria substituir um economista renomado como ele por, no mínimo, um técnico reconhecido. Não parece ser o caso do policial aposentado Oldakoski.
Pior. Ontem também foi nomeado o ex-deputado Guilherme Campos (PSD-SP) como novo presidente dos Correios. Não é nenhum técnico. O ex-deputado foi indicado pelo presidente de seu partido, o ministro Gilberto Kassab. E os Correios, como se sabe, são uma estatal…