Como alertou Ivanir Bortot em post de ontem à tarde, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou ao presidente em exercício, Michel Temer, que a elevação do teto de salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 33.763 para R$ 39.293, terá um efeito cascata sobre os salários do Judiciário, Legislativo e Executivo e da administração estadual e municipal. Na reunião, ficou decidido que o novo teto seria barrado no Senado.
Só esqueceram de combinar com o adversário. Os senadores não aceitam segurar a batata quente. Não querem nem imaginar a volta das vuvuzelas às vidraças do Senado, como ocorreu no governo Dilma durante a votação da pauta bomba do reajuste do Judiciário.
Os líderes governistas informaram ao Palácio do Planalto que essa é uma decisão que deve ser dividida entre todos. Não dá para a Câmara aprovar, como aprovou, o aumento do teto e o Senado barrar.
O resultado é que o próprio Michel Temer terá que vetar a elevação do teto. Depois o veto será votado em sessão conjunta da Câmara e do Senado. E todo mundo divide a responsabilidade.