Vai começar mais cedo o carnaval. Cada candidato prepara sua banda

Pelo visto vai haver um bando de candidatos, de vários tipos e espécies, todos num esforço conjunto para confundir mais os eleitores. Só falta, e talvez continue faltando até a data fatal do voto, aparecer um candidato ideal, propositivo, honesto, distante da brigalhada que se anuncia para a campanha.

Farra eleitoral - Foto Orlando Brito

Lá vamos nós neste querido Brasil, tão sofrido mas se organizando para enfrentar mais uma campanha eleitoral à presidência da República. Pelo visto vai haver um bando de candidatos, de vários tipos e espécies, todos num esforço conjunto para confundir mais os eleitores. Só falta, e talvez continue faltando até a data fatal do voto, aparecer um candidato ideal, propositivo, honesto, distante da brigalhada que se anuncia para a campanha.

Preparem-se. O carnaval político da campanha pode ser mais perigoso do que o carnaval musical, que representa a maior expressão da alegria do povo brasileiro, absolutamente acima de tudo. Samba, desfile, lindas passistas, criatividade das fantasias, alegria que só existe em nosso país. Os brasileiros choram seus males, lamentam seus problemas mas se recuperam para brincar o carnaval.

Está em fase de natural acomodação a mistura do carnaval com a política e as ambições eleitorais. Vai haver diversão até outubro do próximo ano, com a fase decisiva da campanha presidencial. Até lá podem chegar ainda novos candidatos. A alegria e a música valem mais do que qualquer candidatura ou partido político. As baterias já estão ensaiando pelo país, mas os políticos não demonstram familiaridade com o samba-no-pé. Eles gostam de desfilar é no tapete vermelho do poder.

Tanto nos blocos de sujo quanto nas escolas de samba, os políticos são destaque com as críticas à corrupção.

A rainha do samba ou da bateria vale mais do que qualquer rei ou rainha do plenário. Os sambistas alegram, os parlamentares aborrecem. Enfim, mais uma campanha presidencial está lançada e a cada mês aparece um candidato novo. Pouco depois, com o samba, os brasileiros vão demonstrar sua extraordinária vontade de viver, numa conjunção de alegria e fraternidade.

O mais novo candidato a presidente já está na praça, depois de um ano de meditação no exterior. Só sorri se lhe fizerem cócegas. Sisudo, sobrancelhas sempre contraídas. Primeira promessa foi desapropriar estádios para absorver a nova safra de bandidos a serem presos. Há também candidatos veteranos de outras disputas, como o cearense, que nem assim ganhou experiência. E os candidatos gaiatos: locutor, apresentador de tv, etc. Uma verdadeira mixórdia.

 

Foto Orlando Brito

O samba e a política se encontram seguindo naturalmente a vida do país. A campanha presidencial está tomando forma e o próximo carnaval se organizando depois da pandemia. O carnaval vem depois da eleição.  Após o pleito, cada grupo comemora ou lamenta seu resultado. Há variedade para todos os gostos e os brasileiros vão comemorar ou lamentar o resultado.

O que ainda falta aparecer é um candidato da chamada terceira via, ou seja, nem um nem outro dos que estão liderando as pesquisas agora. Procura-se urgentemente um candidato extra, o terceirão, venha de onde vier. Por enquanto a maior possibilidade de vitória está na dupla bolsolula, mas nada garante que essa previsão venha a acontecer.  Por enquanto ambos já se consideram eleitos.

De fato, existe um candidato realmente forte à Presidência da República, a cada eleição mais cheio de votos, sem que para isso precise fazer discursos, viajar pelo país e xingar a quem quiser. O que, aliás, nunca foi seu estilo. Simplesmente é bem votado sem precisar fazer campanha. Os brasileiros o conhecem bem e há anos esperam a oportunidade de votar nele.

Contudo, um belo e não muito distante dia, o nosso terceirão vai acabar ganhando, eleito por grande maioria de votos. Isso representará um alívio para os brasileiros. Com certeza nos morros, nas vilas, favelas, lugares onde sobrevivem os brasileiros pobres, paupérrimos, com fome e sem escolas, haverá alegre manifestação. O samba e a alegria vão pipocar por todos os lados, sem lenço nem documento.

Após esta evolução alegre e histórica, será o tempo de melhorar de vez este nosso Brasil. A eleição do citado candidato, com a designação oficial de Votembranco é tida como certa, a melhor terceira via disponível. O prestígio crescente de Votembranco assegura a possibilidade de fazer um bom governo, e ajudará o país a retomar seus tempos de alegria, samba, carnaval e trabalho.

Sem descuidar da educação, saúde, transporte, segurança, desenvolvimento econômico e social. A ser feito tudo que os brasileiros e brasileiras  precisarem para o seu bem estar e crescimento, além da justiça e o espírito alegre e fraternal.  O povo que esperou 522 anos sem grandes rebeldias, pode ter ainda um resquício de paciência.  Contudo, os futuros presidentes devem  trabalhar e se comportar dignamente.

  • Votos nulos, brancos e abstenções passaram de 30% nas eleições de 2018. Assim, 42 milhões de brasileiros (as) não votaram para Presidente.

— José Fonseca Filho é jornalista

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