Desde as 8h da manhã de hoje as farmácias uruguaias realizaram as primeiras vendas da erva para uso recreativo. Horas antes o Instituto de Regulación y Control de Cannabis (Irrca) divulgou a lista das dezesseis farmácias que disponibilizam a erva. A cota permitida para compra é de 40 g por mês, ou 10 g por semana.
O pacote de 5 g é vendido por $ 187 pesos uruguaios, aproximadamente R$20,00.
Javier, de 35 anos, foi um dos primeiros cidadãos registrados a comprar a erva. Após a compra, preparou um cigarro de maconha e deu entrevista ao jornal El País uruguaio.
“Eu gosto, está boa. Agora quero ver se faz efeito”, afirmou.
Cecilia Escobar, da farmácia Pitagoras, disse que em 30 minutos já tinha atendido 3 clientes que foram comprar maconha legalmente. Ela explicou que apenas uma funcionária pode fazer a venda e que o produto vale por até seis meses.
Até 10 de julho, haviam 4,7 mil pessoas registradas em todo o país para comprar legalmente em farmácias. Cerca de 60% dos estabelecimentos estão em Montevidéu. Entre os registrados, 70 % são homens e 30% são mulheres. A maioria dos registrados (40%) tem entre 30 e 44 anos, 30% tem entre 19 e 20 anos e o restante formado por pessoas com mais de 45 anos.
As farmácias vendem duas variedades de maconha: Alfa 1 e Beta 1. A primeira é do tipo indica (contém 2% de THC E 7% de canabidiol (CBD).
A segunda é a variedade sativa, tem 2% de THC, mas contém 6% de CBD.
Esta matéria foi escrita com informações do El País uruguaio. Bruna Pannunzio também escreve no Independente, é jornalista formada pela PUC-SP e colabora para Os Divergentes.