Trump terminará o seu mandato

Donald Trump/Photo by Shealah Crajghead/White House

NOVA YORK – Nada poderia ser pior para o governo do presidente Jair Bolsonaro, e até para a estabilidade da economia brasileira, do que o impeachment do presidente americano Donald Trump se concretizar.

Há um grande sonho no Brasil, sobretudo agora, com a posse de Bolsonaro, e com esse sonho se imagina que tudo vai melhorar, principalmente quando se tem um amigo na Casa Branca.

É preciso ficar claro, no entanto, que o Ministério da Justiça dos EUA aconselha que não é saudável para a democracia um presidente ser judicialmente indiciado. Os juristas sugerem que Trump não pode ser processado durante sua presidência, a única maneira de ele ser removido do cargo seria por impeachment.

O processo de impeachment tem que ser iniciado pela Câmara dos Deputados e só precisa de uma maioria simples para ser aprovado. Em seguida, o julgamento passa a ser realizado no Senado Federal . Para passar no no Senado, o projeto precisa de dois terços dos senadores – e esse número nunca foi alcançado na história política americana. É bom destacar que os republicanos controlam o Senado americano.

A presidenta da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, disse que não descarta a hipótese do impeachment de Trump, mas frisou que vai esperar o relatório final do procurador especial Robert Mueller.

Os desafetos de Trump acusam que ele violou o seu juramento de posse de “preservar, proteger e defender” a constituição dos EUA.

O presidente americano destaca que a investigação do procurador especial Robert Mueller é a maior “caça às bruxas” na história de Washington.

As autoridades russas, por sua vez, negam ter interferido nas eleições dos EUA.

Dois processos de impeachment

Os anais do Congresso americano registram dois processos de impeachment : Bill Clinton (1998-99) e Andrew Johnson (1868). Os dois processos tiveram o mesmo destino : passaram na Câmara , mas foram rejeitados no Senado. Johnson foi salvo por um voto.

Anos mais tarde, James Wilson Grimes, senador de Iowa, explicou o seu voto que salvou a presidência de Johnson : “não poderia concordar em destruir o funcionamento harmonioso da Constituição para livrar-me de um presidente inaceitável”.

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