Aproxima-se aquela que poderá ser a mais complicada eleição do Brasil nas últimas décadas, avaliação que a maioria da população deve concordar, seja ela de um lado ou do outro. O que chamam de eleitores da direita ou da esquerda, definição existente em todos os países. Falta de originalidade.
Este não é o único aspecto destacável até agora do contexto eleitoral que se aproxima. Será também a eleição que apresentará ao aos eleitores os piores candidatos das últimas décadas. Além de repetitivos, dois deles. Salvo a candidata que chegou atrasada e destoa dos demais pretendentes pela correção e comportamento. Só lhe faltam votos. Poderá tentar na próxima vez, com o know how adquirido.
É de se esperar que os eleitores brasileiros se comportem com a necessária correção no cumprimento do dever cívico. O período que precede a votação, como se tem constatado nas últimas semanas, indica a possibilidade de atritos. Há provocações de cada lado e mesmo animosidades incontornáveis. Em suma, possível ocorrência de atos agressivos.
O Brasil e considerável parte de sua população sofreu nos últimos anos ataques violentos da natureza, que causaram grandes desastres ecológicos em várias regiões. Em Petrópolis, inclusive de desastres anteriores, a população continua aguardando a ação corretiva do governo. E assim continuará, esperando.
Outra agressão aos brasileiros é a absurda criminalidade. Um policial rodoviário assassina um simples trabalhador colocando-o na camioneta fechada e abrindo o gás até matá-lo. O crime? Estar dirigindo a moto sem o capacete. Algo que o Bolsonaro faz repetidamente em suas passeatas de moto. Criminalidade violenta cresce nas áreas urbanas. Mais de 30 milhões de brasileiros sobrevivem na miséria.
O Brasil precisa se proteger e ter competência para vencer esses e tantos outros problemas, expostos há anos, sem solução. Já com a participação do presidente eleito, e tendo sido o pleito um exemplo de seriedade e disciplina. Poderemos então tentar viver sob a égide da sensatez, da tolerância, da fraternidade.
Supõe-se, dessa forma, a possibilidade de algumas melhoras na situação geral do país. É sempre uma possibilidade, uma perspectiva. Com muita lentidão, todavia. Poderemos continuar esperando.
José Fonseca Filho é jornalista