Os defensores do liberalismo econômico e do mercado são aqueles que mais enganam o povo e os eleitores. Não lembro de um candidato fazer campanha anunciando que iria fazer a reforma da Previdência ou que iria esquartejar a Petrobras e vende-la aos pedaços.
Os agentes do liberalismo e do mercado esperam pelo resultado das eleições e depois começam a carga em defesa de suas teses. Os liberais anunciam o fim do mundo se suas teses não forem adotadas. Enganam a todos. Se calam nas campanhas e quando os governos começam eles rugem.
Os liberais são os maiores oportunistas de toda a história do Brasil. Eles não pedem votos. Eles preferem tentar se apropriar dos governos. É exatamente o que acontece agora com o atual presidente. Ele não defendeu nenhuma proposta do mercado na campanha, mas…
A demagogia é uma qualidade dos defensores do mercado. Prometem mundos e fundos. Mas os fundos nunca ficam com todo mundo. Seus porta-vozes, agentes e adoradores vendem milagres e quimeras, mas em nosso solo os brasileiros nunca chegam à terra prometida.
Os liberais acreditavam que manietariam o presidente atual e o fariam se comprometer com sua agenda. Mas para isso dar certo é preciso fazer política, deixar as portas abertas para o diálogo e não perder tempo com o que seria secundário.
Mais uma vez parece que os liberais caminham para a derrota. Não estão na lona ainda, mas esta parece ser seu destino. Afinal, o presidente nem seu governo estão concentrados nesta tarefa. Todo dia ele e seus asseclas procuram uma nova batalha ou um novo acerto de contas.
Os liberais não têm forças para caminharem sozinhos. Eles precisam de quem os carregue no colo. Eles precisam de um governo como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, concentrado e determinado na execução da agenda liberal.
Fernando Henrique, embora não tenha dado um pio enquanto pedia votos, pôs as privatizações. Não é meu propósito discutir aqui o que é certo e o que está errado. Mas sim os métodos e os procedimentos adotados pelos agentes políticos.
Muitos são os que enganam o povo, mas os liberais estão na vanguarda quando se trata de oportunismo. Por isso, estão agora possessos por não terem enfeitiçado o presidente e com o descaminho do atual governo. O ministro liberal está só. Os demais dispersam forças com agendas próprias (Justiça) ou batalhas dispersas (Educação).
O presidente está em outro mundo. Está convocando uma manifestação. Esta tem como objetivo defender seu filhote e suas práticas como parlamentar. O presidente vai usar suas energias para isso. Mas não para construir o NOVO. Mas para festejar o VELHO. Quanto aos liberais… ?