No filme Meu Querido Presidente, o senador conservador Bob Rumson (Richard Dreyfuss), que é candidato à presidência, reconhece que a até mesmo a mãe dele é fichada no FBI. Mas a situação é diferente no caso do escritor, astrólogo, “influencer” bolsonarista e embaixador informal do Brasil nos Estados Unidos, Olavo de Carvalho.
As atividades de Carvalho, que se encontra internado no Instituto do Coração (Incor) em São Paulo, no território americano vêm sendo monitoradas pelos órgãos de inteligência do Tio Sam desde a posse de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2019.
Além de enfrentar sérias dificuldades financeiras nos Estados Unidos, o guru do clã Bolsonaro pode encarar problemas na esfera jurídica. Há dois anos, Carvalho lançou uma campanha nas redes sociais para levantar recursos junto aos amigos e seguidores. Em postagem no Facebook, ele desabafou que recebeu uma elevada cobrança de despesas médicas e de impostos do governo estadunidense.
Desde o final do ano passado, circulava boatos de que seis brasileiros – todos ligados ao presidente Jair Bolsonaro – estavam no radar de diversos órgãos de inteligência dos Estados Unidos.
A justiça americana não comenta nem confirma a existência de possíveis investigações em andamento.
A vida imita a arte. O astrólogo brasileiro não conseguiu prevê que o “bolsonarismo” terá o mesmo final do filme “O Casamento de Maria Braun, do diretor alemão Rainer Werner Fassbinder.