O coronavírus ataca a humanidade e tem obtido muitas vitórias, até o momento. Pelo inesperado do acontecimento, o despreparo da sociedade e o resultado da ação do vírus, matando milhões. Da parte vitimada, a maioria não tinha meios de defesa oficiais, isto é, por parte dos governos e da administração pública em geral. Um exemplo de tudo é o Brasil, país que já tem experiência em ser vítima da incompetência e do desleixo administrativo.
Está comprovado que mesmo países desenvolvidos, como os Estados Unidos, a Itália, a Inglaterra e a Espanha agiram erradamente nas primeiras ações de combate à pandemia. Poderiam ter obtido melhores resultados se tivessem sido mais rigorosos na politica de isolamento social, abandonada precocemente. Em algumas cidades italianas, a população se organiza para processar o governo de suas cidades por negligência. A Suécia também cometeu falhas.
A gigantesca China conseguiu bons resultados mas seus gestores reconhecem que deveriam ter começado a operar imediatamente após a descoberta, contra o maldito vírus. Os países pobres da África, América do Sul e Ásia estão sendo sacrificados e a sobrevivência de parte de suas populações está ameaçada. Milhares de heróis trabalham incessantemente, médico(a)s, enfermeiro(a)s, cientistas, infectologistas, equipes hospitalares, um conjunto extraordinário que se tornará inesquecível para a humanidade.
O Brasil passa dificuldades, não está dando exemplos de competência administrativa nem organizou um política de ação eficaz contra a pandemia. Falta remédio, respiradores, UTI, máscara e tudo que se pode imaginar como indispensável para a assistência aos doentes. Nem o Chefe do Governo colabora, e leva na troça os receios da população e dos médicos.
A pandemia motivou solidariedade e ações efetivas dos países ricos na ajuda aos pobres. Espera-se que essa convivência fraterna e positiva de apoio seja mantida. Países pobres e suas populações carentes não tem condições de reagir. Os ricos, desenvolvidos, podem atender às necessidades de suas populações. E a desigualdade econômica continua.
Existe apenas uma solução para acabar com o vírus: a vacina. Vários projetos estão em fase quase final de aprovação e fabricação. Em vários países, inclusive o Brasil, centenas de pessoas estão se submetendo aos testes. Há perspectivas otimistas e resultados preliminares dos exames positivos. Ao menos as esperanças da população mundial estão sendo reavivadas.
E com as esperanças, um tanto de comércio. Quem tem recursos compra mais vacinas. Quem não tem aguarda doações e solidariedade de outros países. Há motivações políticas também, em casos especiais. Como o de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, louco para se reeleger. O país sofreu uma grande carga de vírus, perdeu mais compatriotas que os demais e sua recuperação tem sido lenta.
Trump está perdendo a popularidade. Seu governo não deu a devida atenção ao combate ao coronavírus. Ele não usava máscara, assim como seu colega brasileiro. Mas dinheiro em caixa o país tem muito. O presidente dos EUA adotou uma decisão radical contra o coronavírus e seu adversário na campanha eleitoral, que já o supera nas pesquisas.
Trump comprou, de uma só tacada, por 1.95 bilhões de dólares, quase toda a produção inicial de 100 milhões de vacinas contra a Covid-91, em fase final de produção pelos laboratórios Pfizer e o alemão BionTech. A política disfarçadamente entrou na questão do coronavírus. Com seu gesto, suponhamos magnânimo, Trump atende a população e agrada seus possíveis eleitores.
— José Fonseca Filho é Jornalista