Novak Djokovic parece cansado de ganhar tantos campeonatos mundiais de tênis, mas não satisfeito resolveu faturar mais um na Austrália. O supertenista sérvio é bolsonarista, e como tal prefere morrer a tomar a vacina contra a coronavid. Se outras pessoas, parentes ou amigas deles, ou seus seguidores que igualmente são contra a vacinação assim continuarem, podem também perder a vida devido a inimaginável junção de ignorância com imbecilidade. Isso pode matar.
O pai que impede os filhos de tomarem a vacina revela-se um potencial criminoso, se a criança não resistir à doença. Os milhares de necrófilos que seguem o imbecil maior, dispostos a recusar a ajuda da ciência para evitar a morte, deveriam ser penalizados pela Justiça. É lamentável e inacreditável que pessoas insanas deixem de colaborar para o mais rápido extermínio da praga, demonstrando que a humanidade deve estar sempre unida, pelo menos contra as grandes tragédias.
Djokovic é um desabusado. Sabendo que a Austrália não permite a entrada de estrangeiros não vacinados viajou mesmo assim. Até agora tem conseguido burlar a lei que impede sua entrada, facilitada por autorização da justiça local. A doença avança, a população se desespera e o perigo avança em territórios onde já havia sido debelado. O tenista e o presidente daqui não se incomodam com nada disso. Nem se incomodam com a morte dos outros.
Os imbecis que combatem a vacinação se consideram imortais. Posição contrária à politica de salvação da população afetada através da vacina, adotando os últimos avanços da ciência. Versão ignorante volta a circular, contrária aos cientistas que defendem rigorosamente a vacinação. As vacinas já são responsáveis pela salvação de milhões de brasileiros e povos de diversos países, em várias epidemias.
Há algumas décadas epidemias de paralisia infantil avançaram no Brasil e outros países. Foi a paralisia infantil, (poliomielite) que avançou inclusive no Brasil, e paralisava as pernas das crianças. Doença atualmente extinta graças à aplicação das vacinas Salk, a primeira, e a Sabin a seguir.
A história registra vários casos de epidemias que poderiam ter liquidado parcelas da humanidade. Cientistas e suas vacinas possibilitaram o fim de epidemias e restabeleceram a saúde universal. Mas energúmenos se recusem a tomá-las, alegando preservação da individualidade.
O Brasil possui exemplos históricos. Em 1904 o então presidente Rodrigues Alves tornou obrigatória a vacinação contra epidemias de varíola, febre amarela e peste bubônica, que atormentavam e matavam a população. Os imbecis da época conseguiram derrubar a obrigatoriedade da vacina, e para isso fizeram praticamente uma revolução. Depois reconheceram que a vacina foi a salvação geral. O responsável pela vitoriosa campanha foi o médico e cientista Osvaldo Cruz, reconhecido internacionalmente pela sua competência.
Defensores da liberalidade na aplicação das vacinas contra o coronavírus – toma quem quiser – o Bolsa aqui e o Djokovic entre os cangurus podem ser considerados estimuladores da destruição humana.
— José Fonseca Filho é jornalista