O governador Ibaneis Rocha assinou, nesta terça-feira (21), a ordem de serviço para a construção do restaurante comunitário e do terminal rodoviário do Sol Nascente/Pôr do Sol. Localizados no trecho 2 da região administrativa (RA), os equipamentos somam R$ 8,3 milhões em investimentos. As obras serão conduzidas por empresas contratadas pela Novacap e Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), respectivamente.
Na solenidade, Ibaneis ressaltou que o governo tem olhado com muita atenção para a cidade, que abriga cerca de 150 mil habitantes. Ali, foram inaugurados recentemente a primeira creche pública da região e um Centro de Referência de Assistência Social (Cras). “Com o terminal e o restaurante, queremos que a cidade deixe de ser tão dependente de Ceilândia e passe a ter vida própria”, disse. O chefe do Executivo sinalizou ainda a construção, em breve, de duas escolas públicas no Sol Nascente.
A secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, na mesma linha, pontuou que o restaurante é uma demanda da comunidade que usualmente frequenta a unidade de Ceilândia Norte, afastada da região central da RA. “Podemos dizer agora que a população tem um restaurante pra chamar de seu”, disse. “É uma cidade carente, onde muitas pessoas passam necessidades. E, aqui, já vamos iniciar com o almoço e o café da manhã”, explicou. Cerca de 10 mil moradores serão beneficiados com o desjejum a R$ 0,50 e almoço a R$ 1.
“Há alguns anos o Sol Nascente foi considerado a maior favela da América Latina. Hoje, está se formando uma verdadeira cidade com todas essas melhorias”
Cláudio Ferreira, administrador regional
A rodoviária é outra boa novidade para a região, que não possui infraestrutura semelhante para ônibus com embarque e desembarque dos usuários. Além dela, a Semob está instalando mais dez abrigos de ônibus no Pôr do Sol, conforme lembrou o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.
“Vamos fazer um terminal estruturado com baias, área de descanso para os trabalhadores, lanchonete. Um local que dê um pouco mais de conforto pro usuário do transporte coletivo” , frisou Casimiro. “E junto com a rodoviária, virão mais ônibus e linhas para atender a demanda da região, que está em plena expansão.”
Moradora da quadra 209, a 100m do local das obras, Marilene Lucindo, 55 anos, elogiou as benfeitorias. “Meu marido trabalha no centro de Ceilândia e come por lá. Eu vou usar o daqui, com certeza. É uma ajuda muito boa pra quem precisa, e a feijoada de lá é muito boa”, contou. Segundo ela, a rodoviária também trará mais segurança para quem pega o coletivo à noite.
“Há alguns anos o Sol Nascente foi considerado a maior favela da América Latina. Hoje, está se formando uma verdadeira cidade com todas essas melhorias. Com um bom terminal e o restaurante, vamos chamar a atenção de empresários e de grandes comércios para investirem aqui”, opinou o administrador regional, Cláudio Ferreira.
Restaurante comunitário
A unidade do Sol Nascente será construída na Quadra 105, trecho 2, e terá uma área edificada de 1.558 m2. Serão investidos R$ 4,78 milhões.
De acordo com o projeto, o salão terá capacidade para até 368 pessoas e serão servidas até 2.500 refeições por turno. O local servirá tanto o café da manhã a R$ 0,50 quanto o tradicional almoço a R$ 1.
O DF conta atualmente com 14 restaurantes comunitários. Até o mês de novembro, um total de 7,2 milhões de refeições foi consumido pela população nestes espaços.
Rodoviária
Na mesma quadra do restaurante, o GDF vai erguer uma rodoviária para beneficiar cerca de 20 mil usuários do transporte coletivo. Com uma área total de 24,2 mil metros quadrados, a obra prevê seis baias para embarque, 10 pontos de estocagem, 14 vagas de estacionamento para veículos e 11 para motos, paraciclos com 24 vagas, três salas para apoio administrativo, além de lanchonete e banheiros com acessibilidade.
A construção da rodoviária vai gerar 80 empregos. Ela substituirá um ponto de concentração dos coletivos que fica no Pinheiros e, atualmente, é onde os ônibus iniciam as viagens. O GDF investe R$ 3,53 milhões na construção.