Até sábado (18), serão expostos artigos de artesanato e roupas étnicas e haverá estandes de gastronomia, entre outros serviços. O evento integra o Mês da Consciência Negra no DF e é aberto ao público das 9 às 18 horas.
Promovida pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, a feira visa estimular e apoiar empreendimentos liderados pela comunidade negra.
Um dos 30 expositores será a quilombola mineira Sirlene Barbosa, de 36 anos, para quem o espaço não só vai dar mais visibilidade ao trabalho com roupas africanas, como também vai impulsionar as vendas. “Toda vez que tem algum evento com essa temática na cidade, meu lucro dobra”, relata.
Há dois anos em Brasília, Sirlene começou com peças simples, como blusas com aplicação de tecido afro. A demanda cresceu, e ela se adaptou ao mercado com vestidos afro e roupas feitas sob encomenda.
Com trabalhos enviados a países como Alemanha, Itália e México, a empresária oriunda de uma comunidade quilombola no norte de Minas Gerais vive da arte negra e acredita nesse meio como uma forma de empoderamento e resgate da ancestralidade.
“Costumo dizer que a arte negra não é só uma marca, é um símbolo de resistência, de luta, de cultura, de tradição e de valorização. Nós, afro-brasileiros, ao vestirmos uma roupa com essa temática, estamos fazendo uma conexão entre o Brasil e a nossa ancestralidade. É uma forma de mostrar de onde viemos e o que isso significa para a gente”, defende Sirlene, que é mestre em comunidades tradicionais negras pela Universidade de Brasília.
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